domingo, 13 de setembro de 2009

Homem: uma máquina quase perfeita

(por Danúbia Alegre)


O último filme mudo produzido por Charles Chaplin focaliza a vida urbana nos Estados Unidos (EUA) logo após a crise de 1929, quando a depressão atingiu toda sociedade, levando assim grande parte da população ao desemprego e a fome. O filme retrata a sociedade industrial que tem a vida baseada no sistema de linha de produção e especialização do trabalho, fazendo uma critica a modernidade e ao capitalismo, sendo representada pela industrialização na qual o operário é engolido pelo poder do capital.

Em tempos de depressão, trabalhadores de uma indústria eram moldados para trabalhar de forma quase escrava e mecânica numa rotina que deixava os operários em estado depressivo, pois a jornada de trabalho era longa e cansativa, sendo assim eram submetidos a uma sociedade capitalista industrial.

O proletariado era explorado sem nenhum direito, alimentando o conforto e a diversão da burguesia. Como exemplo disto podemos citar a cena em que Carlitos e a menina conversam no jardim de uma casa sonhando em ter uma casinha para viverem as suas vidas, cena que ilustra bem essa questão.

Trabalhadores escravizados nas indústrias, pouco ou sem valor algum dentro de seu ambiente de trabalho, sendo muitas vezes humilhados, explorados sem receber qualquer tipo de reconhecimento pelo desempenho na sua função. Sem o direito de um beneficio qualquer, trabalhando como verdadeiras máquinas. Em decorrência disto ocorreram várias greves nesse período, com isso as empresas tiveram que fechar as suas portas durante a crise de depressão, levando muitas famílias ao desemprego.

Grevistas organizavam manifestações nas ruas exigindo melhores condições de trabalho. E eles conseguiram, pois o Estado de certa forma foi pressionado pela massa dos servidores a normaliza algumas leis para beneficiar o trabalhador, fazendo que as indústrias avaliassem melhor a maneira de conduzir as empresas e os empregados.

Problemas como esses que passaram os EUA durante a penosa crise de 1929, ou crise da depressão, como o trabalho escravo, o desrespeito ao trabalhador, greves, desempregos, enfim situações que atingiram vários países no início da modernização e atingem de certa forma os dias atuais.

Com todos os problemas que ocorreram podemos dizer que a peça primordial em um processo de modernização é o trabalhador, devidamente valorizado com seus direitos assegurados e respeitados.

É importante e fundamental que o trabalhador não esqueça o valor que tem, conheça os seus direitos e deveres, pois é aí que irá fazer a diferença na sociedade.



Danúbia Alegre é estudante de Gestão em Recursos
Humanos da Faculdade ICEC - Instituto Cuiabá de
Ensino e Cultura de Cuiabá - MT.
E-mail: danubia.alegre@gmail.com

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